19mar
Em uma iniciativa inédita, dez vereadores, pais, líderes de bairro e toda a equipe da Secretaria Municipal de Educação se reuniram na Câmara para discutir assuntos do setor. O encontro ocorrido na segunda-feira, 18, contou com a presença dos vereadores Gabriel dos Santos, Rogério da Padaria, Castelo Alemão, Wilson Ferreira, Valmir Pé no Chão, Márcio de Oliveira, Odair Mano’s, Paraíba Car, Jussival Marques e Júlio do Kaikan.
A reunião foi aberta pelo presidente da Câmara, Abelzinho. Em seguida, a secretária de Educação, Gorette Alencar, que convidou toda sua equipe para dar esclarecimentos aos parlamentares, fez algumas ponderações e ouviu as perguntas de cada vereador.
Com uma lista em mãos, Rogério da Padaria que, ao lado de Jussival e Júlio realiza uma vistoria em todas as escolas municipais, mais a APAE e a Creche Acalanto, com o intuito de preparar um dossiê completo sobre a situação das unidades escolares fez uma série de perguntas sobre problemas estruturais nas escolas como falta de manutenção nos prédios, segurança, número de vagas, qualidade da merenda, falta de professores e diretores, aquisição de material, entre outros.
As perguntas foram pontuais, porém a cada afirmação da secretária Gorette várias outras perguntas eram feitas como desdobramento do próprio assunto.
O vereador Dr. Wilson afirmou que convidou a comunidade para discutir com a secretária problemas pontuais de cada escola e para obter respostas práticas. “A população não quer saber que o problema está em prazos nos editais de concurso, quer saber quando vai ter professores dentro da sala de aula”, exemplifica. O debate ficou acalorado entre os participantes.
Gorette argumentou que, embora esteja desde abril de 2012 no cargo, teve, até o presente momento, que seguir o que estava especificado no orçamento aprovado no final de 2011. E que agora com o orçamento em mãos, feito por ela, pretende agilizar as pendências do setor.
Para problemas estruturais como falta de alambrados, mobílias para creches Gorette afirmou que está em processo de aquisição, alguns em empenhos, outros aguardando prazo de entrega.

Sobre a merenda a Secretaria ratificou que não falta merenda de qualidade, que se o cardápio não é seguido por falta de algum alimento, outro similar liberado pelas nutricionistas é servido aos alunos.
Já a segurança na porta das escolas será feita por uma empresa que também está em processo de contratação.
A falta de professores e diretores, Gorette relatou que os prazos nos editais de concurso dificultam muito a contratação dos profissionais, pois muitos utilizam os prazos até o final e no último dia comunicam que não querem assumir. E como os prazos não podem ser acelerados, a Secretaria fica refém da escolha do professor. A partir de uma desistência, novos prazos começam a correr para um novo profissional. Por isso faltam professores, principalmente os especialistas, como os de inglês e de arte. O interesse pela vaga, de acordo com Gorette, é pouco.
Nesse sentido a secretária pediu ajuda dos vereadores para que o Plano de Carreira dos professores seja modificado diminuindo os prazos de manifestações de interesse. Assim, os alunos não serão mais prejudicados. Perguntas pontuais sobre casos específicos em cada escola também foram respondidos pela Secretaria. O que ficou sem resposta, houve a promessa de verificação “in loco” do assunto.
Pouco antes do final da reunião os pais tiveram de ir embora, pois chegava a hora de buscar os filhos nas unidades.
Gorette afirmou que a secretaria está se empenhando para resolver todos os problemas e que a equipe tenta correr contra a burocracia para resolver os impasses.
Os vereadores sugeriram que outras reuniões com a equipe seja marcada para que continue a interação entre o Legislativo e a secretaria de Educação.
Vaga nas creches
Gorette informou que há 600 crianças na lista de espera por vagas nas creches e que este número diminuirá com a inauguração das creches no Arujamérica e Parque Rodrigo Barreto, que acontecerá em breve.
Questionada pelos vereadores sobre parcerias com o MEC e o governo estadual para a construção de novas creches, a secretária explicou que, não obstante a parceria entre os poderes, o município carece de terrenos que podem ser desapropriados, pois o projeto padrão requer 2200 m² de área para que seja aprovada a liberação de verba.
19/03/2013
Assessoria de Imprensa