17 de agosto de 2021

Profª Cris do Barreto discute fortalecimento de rede de atendimento à mulher em situação de violência

A vereadora Cristiane Araújo Pedro de Oliveira (PSD), a Profª Cris do Barreto, reuniu um grupo multidisciplinar de mulheres para discutir o fortalecimento e a ampliação da rede de atendimento às vítimas de violência doméstica no município de Arujá.

A iniciativa visa debater estratégias de divulgação da rede já existente, verificar a possibilidade de ampliação dos serviços dedicados às mulheres e estabelecer novos canais de comunicação com esse público. “Temos recebido diariamente pedidos de ajuda de mulheres vítimas de violência doméstica em nosso gabinete que não sabem nem onde e nem a quem recorrer em casos de agressão. Queremos que mais mulheres de Arujá conheçam a rede e possam, inclusive, atuar como multiplicadoras dessa informação para ajudar no enfrentamento a essa triste realidade”, explicou a vereadora.

O encontro ocorreu na última segunda-feira (16/8) na sala da Presidência da Câmara Municipal e contou com a presença da presidente do Fundo Social de Solidariedade e advogada, Clau Camargo; da delegada titular da Delegacia da Mulher, Vanessa Torres Azevedo Chagas; da psicóloga Camila Britto da Silva; das Guardas Civis Municipais, Fabiana da Silva e Giséle Lucena; e da secretaria administrativa da Casa Legislativa, Patrícia Cristina Oliveira, além da assessoria da parlamentar.

Atualmente, mulheres vítimas de violência doméstica são atendidas pela GCM de Arujá, por meio do telefone 153. “Se somos acionadas e registramos o flagrante, o agressor é preso imediatamente”, garantiu a GCM Fabiana. A GCM também mantém um “botão do pânico” destinado a mulheres que já contam com medidas protetivas.

Desde março, a cidade também conta com uma Delegacia da Mulher, que atua no registro das ocorrências. Através da Secretaria de Assistência Social, a Prefeitura ainda mantém serviços de encaminhamento das mulheres a casa de parentes, fora e dentro do município e até do Estado, e a abrigos temporários nos casos em que a mulher é retirada da residência.

Levantamento feito pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública e divulgado no site do G1 em 7/6/2021 apontou que 17 milhões de mulheres sofreram algum tipo de violência – física, sexual ou psicológica no último ano. Além disso, o percentual de agressões ocorridas dentro de casa passou de 42,% para 48,8%, indicando maior envolvimento de namorados, companheiros e ex-companheiros nas ocorrências. Também aumentou a violência intrafamiliar – “no lugar do vizinho apareceram pai, mãe, irmão, irmã, padrasto, madrasta, filho e filha”, aponta a pesquisa.

“A pandemia agravou e escancarou a violência dentro dos lares brasileiros. Arujá conquistou a delegacia da Mulher o que nos impulsiona a reforçar outras formas de a mulher denunciar e de buscarmos investimentos na superação do ciclo de violência e em alternativas de prevenção”, afirmou Profª Cris. 

Em resposta a requerimento (nº 88/2021), no qual a vereadora solicitou informações sobre a viabilidade de instalação de uma Casa de abrigo para mulheres em Arujá, a Prefeitura informou que o Município já está em tratativas junto ao Consórcio de Desenvolvimento dos Municípios do Alto Tietê (Comdemat), por meio da Câmara Técnica de Assistência Social, para implementação da proposta.  A Casa teria entre outras funções garantir atendimento integral às mulheres e a seus filhos nos casos de violência possibilitando apoio nas áreas psicológica, social e jurídica.

A informação foi passada ao Legislativo pela secretária de Assistência Social, Marina Bernardo da Costa Antônio e confirmada pela Presidente do Fundo Social, Clau Camargo durante a reunião.

Agosto Lilás

Cris do Barreto ainda adiantou que pretende organizar evento de encerramento do Agosto Lilás – mês dedicado ao combate à violência doméstica – na Câmara Municipal. A atividade deverá ser realizada em 31 de agosto com transmissão ao vivo pelo canal oficial do Legislativo no YouTube.