01 de julho de 2022
Levantamento do IBGE vai apontar condições de acessibilidade e infraestrutura de áreas urbanas
22 mil agentes já estão na rua; trabalho segue até 12 de julho
Os agentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) já estão nas ruas. O trabalho, no entanto, ainda não é aquele feito de porta em porta. Os 22 mil recenseadores do instituto estão envolvidos com a Pesquisa Urbanística do Entorno dos Domicílios, explica Claudio Sttener, diretor de Geociência do IBGE.
“A Pesquisa do Entorno é o marco oficial do início das operações do Censo Demográfico 2022, que entra em campo no dia 1º de agosto. Nessa etapa não há nenhum tipo de entrevista: a pesquisa é feita somente pela observação dos quesitos nas áreas públicas dos setores censitários”, esclareceu.
O trabalho seguirá até 12 de julho e tem como objetivo observar temas relacionados à infraestrutura urbana do País. Serão percorridos 326.543 setores urbanos em todos os Estados brasileiros.
Nessa pesquisa serão investigados dez quesitos, sendo três deles novos: capacidade da via, pavimentação da via, bueiro/boca de lobo, iluminação pública, ponto de ônibus/van, via sinalizada para bicicleta, existência de calçada, presença de obstáculo na calçada, rampa para cadeirante e arborização.
“Os novos quesitos da pesquisa em relação àquela feita no Censo de 2010 são ponto de ônibus/van, via sinalizada para bicicleta, relacionados à questão da mobilidade urbana, e presença de obstáculo na calçada, relacionada à acessibilidade”, indica Filipe Borsani, supervisor técnico da pesquisa ao acrescentar que, “além disso, houve a ampliação do quesito capacidade da via, que antes era perguntado apenas no Levantamento de Informações, Territoriais”.
A pesquisa está alinhada com o monitoramento do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 11: Tornar as cidades e os assentamentos humanos inclusivos, seguros, resilientes e sustentáveis. “A finalidade é fornecer um panorama da infraestrutura urbana do país, considerando temas como acessibilidade, circulação, equipamentos públicos e meio ambiente. Ela é muito importante para a formulação de políticas públicas em áreas urbanas para melhoria da qualidade de vida da população”, destaca o supervisor.
Stenner complementa que o Censo trabalha em uma série de escalas: primeiro, caracteriza-se o entorno onde o domicílio está localizado, depois, o recenseador coleta informações do próprio domicílio e das pessoas que vivem nos domicílios. “Tudo isso articulado e integrado na pesquisa do Censo. Isso é fruto de o IBGE ter a geografia e a estatística no mesmo instituto, possibilitando esse tipo de abordagem”, afirma.
2ª edição
Esta é a segunda vez que o IBGE realiza o levantamento. A primeira, em 2010, compreendeu 222.541 setores urbanos, com resultados por setor censitário. No Censo 2022, além de dar continuidade à série iniciada em 2010, permitindo a comparação das informações, a intenção é publicar resultados experimentais em níveis mais detalhados, como, por exemplo, por faces de quadras. “Isso foi feito no Censo Experimental de Poços de Caldas em 2019 e queremos repetir, pelo menos, para os grandes centros urbanos”, conta Borsani.
Ineditismo
Outra novidade é que, para 2022, a Pesquisa do Entorno será feita em todos os aglomerados subnormais localizados nas áreas urbanas. No Brasil, os aglomerados subnormais são conhecidos por diversos nomes como favelas, invasões, grotas, baixadas, comunidades, vilas, ressacas, loteamentos irregulares, mocambos e palafitas, entre outros.
Fonte: IBGE
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