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23 de novembro de 2022

Exposição aborda papel da cultura afro na formação da identidade brasileira

Domingo da Consciência Negra marcou abertura da mostra, que segue em cartaz até dia 28/11

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Está aberta ao público no saguão superior da Câmara Municipal de Arujá a Exposição Consciência Negra – Cultura afro-brasileira, uma iniciativa conjunta dos Poderes Legislativo e Executivo que pretende dar visibilidade ao conjunto de manifestações culturais de raiz africana que se tornou determinante para a formação da identidade brasileira. A mostra é gratuita e pode ser visitada pelo público até o dia 28/11, das 8h às 16h.

O evento de abertura da exposição ocorreu no último domingo (20/11), dia em que se celebra a Consciência Negra, e remete à morte de Zumbi dos Palmares, símbolo de liberdade e luta pela liberdade do povo negro e de valorização de sua cultura. Arujá é um dos 102 municípios do Estado de São Paulo em que a data é comemorada com feriado.

O evento contou com a presença expressiva de munícipes, vereadores, prefeito e outras autoridades.

“Infelizmente, tudo para nós é mais precário, mais difícil”, relata Fernanda Calazans, mulher, negra, mãe solo e estagiária da pasta de Assistência Social da Prefeitura de Arujá que iniciou os discursos da abertura da mostra. “O mês de novembro chega a ser cansativo para nós, negros, que temos que sempre reafirmar nossa existência. Mas é necessário”, arrematou.

O Presidente da Câmara, Abelzinho (PL) destacou que todos os seres humanos são abençoados e amados por Deus. Divinei (PL) afirmou que todos os movimentos sociais – não só o movimento negro – devem se unir em prol de uma sociedade mais justa e igualitária.

Gabriel dos Santos (PSD) afirmou que o negro é sinônimo de resiliência, uma vez que foi retirado de sua terra, no continente africano, e escravizado em terras longínquas, mas que ainda assim resistiu à opressão.

O prefeito municipal Luis Camargo (PSD) lamentou a escravidão e propôs uma reflexão sobre como, historicamente, diversas instituições, a exemplo da própria Igreja, legitimaram o processo e escravização de pessoas negras, sendo dever da sociedade garantir reparação histórica à população afrodescendente.

A mostra, que segue aberta ao público até 28/11, reúne uma série de obras como pinturas e artefatos oriundos da cultura afro-brasileira, entre os quais cerâmicas, e indumentárias de religiões de matriz africana.



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