03 de junho de 2020
Educação admite que escolas em reforma podem não estar prontas no retorno às aulas, em agosto
Educação admite que escolas em reforma podem não estar prontas no retorno às aulas, em agosto
Mesmo com as aulas suspensas desde o final de março, escolas cujos prédios passam por reformas devido à infraestrutura precária podem não estar prontas para receber os alunos no retorno às aulas presenciais, previsto para agosto deste ano.
A informação veio da própria Secretaria de Educação, que admitiu o atraso na reforma em andamento na escola municipal Padre Geraldo Montibeller, no Mirante, durante audiência de prestação de contas na Câmara Municipal, no último dia 27/05.
Questionado pela vereadora Cristiane Araújo Pedro (PSD), a Profª Cris do Barreto – que é presidente da Comissão Permanente de Educação, Saúde e Assistência Social – o secretário adjunto David Nunes comentou o estágio da obra.
“Eu acho que os trabalhos na [escola] Padre Geraldo Montibeller estão atrasados sim, essa é minha opinião. O que a gente pode fazer é notificar a empresa e cobrá-la, é o que a gente já está fazendo”, disse o secretário adjunto.
Contudo, indagado sobre de que forma se deram as notificações, o adjunto da pasta admitiu que foram apenas “verbais”, não tendo nenhum registro por escrito que as comprovasse. “Provavelmente a gente vai fazer em breve”, anunciou.
Improviso
Nunes disse que tem acompanhado as obras “para não ficar ocioso” na Educação, mas que uma professora da rede - que por acaso tem formação em engenharia – é quem tem monitorado de perto o andamento, além da própria Secretaria de Obras.
“Mas eu aproveito para dar uma olhadinha, pois também quero saber o que está acontecendo”, explica.
Questionado por Cris do Barreto sobre salários atrasados e quantidade reduzida de funcionários da empresa Nova Real, responsável pelas obras na escola do Mirante, o adjunto relata que, de fato, nas ocasiões em que esteve na unidade só encontrou dois funcionários trabalhando.
Com relação aos pagamentos atrasados – relatados por denúncia de munícipe no Serviço de Informação ao Cidadão (SIC) da Câmara – o secretário adjunto disse já ter indagado o proprietário da empresa, que o informou de que a Prefeitura de Arujá não estaria pagando pelo contrato – situação que ele próprio constatou ao apurar que uma nota não fora paga pelo Executivo.
O secretário adjunto opinou ainda que a responsabilidade pelo pagamento dos funcionários é exclusivamente da Nova Real e sugeriu “má gestão” e “problema de capacidade”, alegando não ser, em sua avaliação, competência da Secretaria de Educação.
“A qualidade do serviço a gente sabe como funciona: a empresa vem de fora, ganha uma licitação aqui e, às vezes, não consegue dar conta do trabalho”, criticou.
Mais uma vez, Cris do Barreto retrucou: “Secretário, mas o senhor como advogado sabe que a Prefeitura de Arujá tem corresponsabilidade sobre o pagamento dos funcionários”, insistiu a presidente da Comissão de Educação.
O adjunto, então, reconheceu a corresponsabilidade da Prefeitura e se disse advertido pela parlamentar a fazer a notificação à empresa por escrito.
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Texto: Renan Xavier
Fotos: Imprensa/CMA
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