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16 de maio de 2025

Indignado, Fabinho chama escândalo no INSS de “roubo silencioso e cruel”

Vereador, que trabalha no setor de orientação previdenciária do Arujá Emprega, utilizou a Tribuna para protestar

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O vereador Fabinho do INSS (PSD) classificou os descontos indevidos identificados em contas de aposentados e pensionistas de todo o Brasil e que se tornou um escândalo nacional como “um roubo silencioso e cruel”.

“Não me refiro a assaltos a mão armada ou a furtos residenciais, embora esses também sejam problemas graves. Falo de uma forma de violência insidiosa, que se aproveita da vulnerabilidade de nossos idosos, e se manifesta através de golpes financeiros”, pontuou Fabinho.

O parlamentar utilizou a Tribuna da Casa Legislativa durante a Sessão Ordinária de 12/5 para demonstrar sua indignação com os desfalques aplicados aos vencimentos de milhões de segurados.

“Esses golpes não apenas subtraem recursos financeiros essenciais para a subsistência digna de nossos aposentados que, muitas vezes, dedicaram uma vida inteira de trabalho e contribuição para a sociedade, mas também roubam a tranquilidade, a confiança e a saúde mental das pessoas e geram angústia, medo e um sentimento de impotência”, lamentou Fabinho que trabalha no setor de orientação previdenciária do Arujá Emprega.

Ele conclamou os vereadores a unir forças para “garantir que a aposentadoria seja um período de descanso e segurança”.

“Não podemos nos calar diante dessa realidade”, disse ainda ao criticar “o silêncio ensurdecedor dos ditos paladinos da justiça e da moralidade que, estranhamente, apareceram esse ano na cidade e não fizeram nenhum pronunciamento sobre o caso”, cutucou.

Fabinho ainda agradeceu o apoio do prefeito, e dos departamentos e setores da Prefeitura, além da ação dos servidores públicos de Arujá que, segundo ele, garantiram a suspensão dos descontos nas contas de 1.500 segurados do Município, seguindo orientação do órgão federal.

Entenda o caso

As investigações conduzidas pela Controladoria Geral da União (CGU) em conjunto com a Receita Federal identificaram a existência de irregularidades relacionadas aos descontos de mensalidades de associações aplicados sobre benefícios previdenciários, principalmente, aposentadorias e pensões, concedidos pelo INSS.

As entidades cobraram de segurados um valor estimado de R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024. Esses descontos estão, agora, sob análise dos investigadores.

A CGU pretende abrir processo de responsabilização da Lei Anticorrupção contra as entidades que são suspeitas de fraude e de estarem envolvidas em corrupção e também apurar e abrir processos disciplinares contra servidores públicos envolvidos.

Após a descoberta, houve troca no comando no INSS  e, nos últimos dias, o órgão começou a notificar os aposentados e pensionistas para que informem se autorizaram ou não o desconto. O objetivo é viabilizar o ressarcimento dos valores retirados dos vencimentos de forma indevida. Fonte: Site do INSS.

 



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