07 de abril de 2017
Às escuras: ruas de Arujá continuam sem luz e vereadores defendem denunciar Elektro ao MP
Às escuras: ruas de Arujá continuam sem luz e vereadores defendem denunciar Elektro ao MP
Apesar do compromisso assumido pela Elektro de realizar os reparos na iluminação pública de Arujá durante reunião realizada no último dia 24/2 na Câmara Municipal, a cidade continua às escuras. O problema se estende por todos os bairros e as reclamações chegam aos gabinetes e às redes sociais do Legislativo de todos os pontos de Arujá. Ruas inteiras estão sem luz colocando em risco a segurança de estudantes, trabalhadores e crianças.
Entre os vereadores a insatisfação cresce a cada dia. “No Jardim Yamamoto, Bairro dos Fontes e Portão mais de 50% das ruas estão sem iluminação. Os índices de criminalidade têm aumentado. Marginais têm invadido casas e barbarizado”, afirmou o vereador Edvaldo de Oliveira Paula (PSC), o Castelo Alemão, durante pronunciamento feito na Tribuna da Casa em 27/3.
À vereadora Ana Cristina Poli (PR), a Ana Poli, a Prefeitura informou, por meio da Secretaria de Serviços, em resposta ao requerimento nº 84/2017, que a Elektro tem seguido com o Plano Emergencial. A informação foi encaminhada pelo secretário Leandro Larini.
A realidade, no entanto, mostra uma situação insustentável que tem levado os vereadores a defender a revogação da Contribuição para Custeio dos Serviços de Iluminação Pública (CIP), criada em 2014. Conforme consta da Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2017, a Prefeitura deverá arrecadar cerca de R$ 4,850 milhões com a chamada “taxa da luz”.
“Votei favorável e não tenho medo de assumir. Hoje, defendo a revogação e peço à Presidência que coloque em leitura o projeto sobre esse assunto para ser apreciado pelo Plenário. A administração está em uma quebra de braço judicial com a Elektro e quem sofre é a população”, disse Castelo Alemão.
Por meio do Facebook do Legislativo, os moradores de Arujá se manifestam. Amanda Costa informou em 10/3: “Precisamos de iluminação aqui no Cerejeiras, na rua Tomisaburo Yamamoto, onde estamos desde dezembro sem luz”. Ariovaldo Bernardo registrou a situação do Copaco em 6/3: “são várias lâmpadas queimadas ou piscando”. Paulinha, do Jardim Emília, no mesmo dia, também revelou como estão as condições do bairro: “Dá até medo de andar nas ruas de tão escuras”.
Gabriel dos Santos (PSD) disse que o pessoal da Elektro é “sabão ensaboado” , pois não resolvem nada. Ele propôs a aprovação de uma Moção de Repúdio à empresa. Aliás, atitude que os legisladores de Santa Isabel também tomaram cansados do descaso da Elektro. Em edição de 1º de abril do jornal O Ouvidor, o repórter Bruno Martins descreve como está o município: “Acessas de dia e apagadas de noite... Seja no Centro ou em bairros distantes, o problema é o mesmo: de dia, desperdício, à noite, escuridão absoluta”.
Na mesma edição, o periódico registra que em Igaratá, o prefeito Celso Palau (PSDB), desistiu de apelar à Elektro e optou por notificar a empresa.
Rogério Gonçalves Pereira (PSD), o Rogério da Padaria, disse que houve uma “melhora”, porque a Prefeitura está substituindo lâmpadas em praças e vielas.
Para Luiz Fernando Alves de Almeida (PSDB), o Luiz Fernando, Legislativo precisa ter uma atuação mais incisiva e efetiva contra a Elektro. “Temos de acionar o Jurídico da Casa e entrar com uma ação civil pública. “Esta empresa precisa respeitar o cidadão de Arujá. Daqui a pouco teremos de declarar estado de calamidade pública. Viramos um caso de deboche. A Elektro faz pouco caso da Câmara e da população”.
O discurso contundente teve o apoio de Ana Poli, responsável pelo pedido de reunião com a concessionária em fevereiro. “Temos de verificar como está o andamento dos serviços e com esta informação oficiar o Ministério Público”.
Maria Célia Lenita Lima, outra moradora de Arujá, registra em publicação de 6/4, o “calvário” por que passa o cidadão: “E quando você já fez reclamação para Prefeitura, Elektro, Ouvidoria, Aneel e ninguém resolve? É um jogo de empurra-empurra. Na rua Borba Gato onde resido a luz está queimada desde novembro. Já são cinco meses”. Detalhe: Borba Gato é a rua que dá acesso à Delegacia.
Câmara de Arujá
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Publicado em 07/04/2017
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