Notícias

15 de abril de 2020

Resumo da Sessão: em Tribuna, sobe pressão por reabertura de comércio

Resumo da Sessão: em Tribuna, sobe pressão por reabertura de comércio

Visualize fotos Visualize fotos Visualize fotos Visualize fotos Visualize fotos Visualize fotos Visualize fotos Visualize fotos

Pela segunda vez seguida, os reflexos econômicos das restrições impostas pela quarentena no estado de São Paulo, em especial para o comércio, foram o centro do debate parlamentar. Durante a Sessão Ordinária de 13/04, a maioria dos vereadores a discursar em Tribuna adotou um tom crítico às medidas adotadas pelo governador João Doria (PSDB) e cobrou do prefeito José Luiz Monteiro (MDB) mais flexibilidade quanto ao isolamento, liberando uma reabertura gradual e “responsável” do comércio.

Primeiro a abordar o assunto, o vereador Rogério Gonçalves Pereira (PSD), o Rogério da Padaria, criticou a “criminalização dos comerciantes”, sugerindo ao governo municipal que permitisse a adoção de um sistema alternativo de funcionamento do comércio, com atendimentos a portas meio abertas. O parlamentar também anunciou que entregará pessoalmente ao prefeito um anteprojeto de lei segundo o qual o município teria que arcar com parte dos salários de funcionários, em uma espécie de socorro às empresas. “Já que o prefeito não autoriza que os estabelecimentos funcionem, tem que custear as despesas”, defendeu. Em sua segunda fala, na Explicação Pessoal, o vereador ainda criticou a ameaça do governador de autorizar a Polícia Militar a prender pessoas que descumprirem as medidas de isolamento.

Edimar do Rosário (Republicanos), o Edimar de Jesus, alegou que há uma confusão nas medidas adotadas pelo governo estadual. “Eu repudio essa postura do governador e apelo ao prefeito que estude uma forma de aliviar a situação de nossos comerciantes”.

O vereador Reynaldo Gregório Junior (PTB), o Reynaldinho, ponderou que uma eventual reabertura do comércio deve ser organizada e responsável, pois o novo coronavírus ainda não tem cura, daí a preocupação das autoridades que defendem o distanciamento social. “Tenho certeza de que os estabelecimentos se adequarão às exigências”.

Ana Cristina Poli (PL) destacou as incertezas em relação à pandemia e defendeu “exceções à regra” para driblar crise econômica. A vereadora ainda solicitou por indicação ao Executivo uma campanha educativa com informações básicas de prevenção à doença.

Com discurso inflamado, o vereador Sebastião Vieira de Lira (Republicanos), o Paraíba Car, afirmou que o estado de calamidade decretado por estados e municípios é um “cheque em branco” para os gestores; criticou a suspensão de consultas e exames médicos, que seria responsável por ainda mais mortes que o COVID-19, em sua opinião. Também atacou a dispensa do processo licitatório para serviços de combate à pandemia, a atuação da mídia na cobertura da crise e a aparente ausência de pacientes nos hospitais de campanha criados para atender casos suspeitos. Por fim, o parlamentar criticou o uso de dados de empresas de telefonia para monitoramento do deslocamento social.

Renato Caroba (PT) iniciou sua fala destacando que, em atendimento a uma sugestão do Legislativo, o Executivo já deu início aos trâmites de remanejamento da verba da Festa das Nações para o combate à pandemia. Em seguida, o parlamentar criticou a postura do presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), na condução da crise. Segundo ele, o presidente mais desinforma e atrapalha que contribui para o debate. Também ironizou a tese defendida por seus apoiadores de que a crise tenha sido criada para atingir o governo. “Ainda não temos garantias de que as ações adotadas serão eficazes, mas nesse momento a experiência de outros países aponta que esse é o melhor caminho”. Na segunda fala, o parlamentar defendeu uma flexibilização dos critérios de adesão ao programa Renda Mínima enquanto durar a pandemia e disse já ter protocolado um projeto de lei nessa linha, que tramita na Casa.

Edvaldo de Oliveira Paula (PTB), o Castelo Alemão, descreveu como “balela” a afirmação de que o município deve se submeter às determinações do governo do estado de São Paulo. Para o parlamentar, a questão é puramente político-eleitoral, “um plano para parar o País” e sabotar a economia. “Vidas serão ceifadas por esse vírus, mas a vida tem que continuar. Temos que retomar as consultas e exames médicos, ou as consequências serão ainda piores”. O parlamentar criticou que, com a adoção do estado de calamidade, o Orçamento aprovado na Câmara perde totalmente o significado.

Antes de encerrar sessão, o presidente da Casa de Leis, Gabriel dos Santos (PSD), disse que a Câmara convocará sessões extraordinárias para debater os assuntos de interesse público. “Continuamos trabalhando para atender às demandas de nossa população”, declarou o líder legislativo.

Assessoria de Comunicação

imprensa@camaraaruja.sp.gov.br

renan@camaraaruja.sp.gov.br

(11) 4652-7000 / 7067

Texto: Renan Xavier

Fotos: Imprensa/CMA



Publicado em:

Publicado por: