A secretária municipal de Finanças Inês Rodrigues dos Santos afirmou, durante audiência pública de prestação de contas do 2º quadrimestre de 2015 realizada quarta-feira (16/9), na Câmara Municipal, que está trabalhando para afastar qualquer possibilidade de Arujá fechar 2015 com déficit orçamentário (despesa maior que a receita).

Ela garantiu que a arrecadação da cidade vem correspondendo à previsão feita no ano passado, mas as expectativas quanto às receitas advindas de transferências estaduais e federais não são das melhores. “As receitas municipais estão se mantendo. No entanto, estou bastante preocupada devido à queda dos valores vindos do Estado e da União”, afirmou ao se considerar “realista”. “Se não contivermos as despesas, poderemos não fechar o exercício”, advertiu.

Inês explicou que já vem “monitorando” a crise desde 2014 e realizando contingenciamento de gastos inclusive de pessoal. “O orçamento de 2015 já foi menor que o de 2014 devido a esta tendência negativa”, apontou. Para 2016, a secretária disse que o cenário pode piorar. “O orçamento estará mais arrochado e pode existir a necessidade de aumentar este contingenciamento”.

A secretária reconhece que o Programa Especial de Recuperação Fiscal (Refis) é uma tentativa de minimizar o impacto dessa queda. “O Refis é uma das medidas adotadas pela Prefeitura, além da execução eletrônica”, enumerou. O índice de inadimplência, segundo Inês, gira em torno de 19% a 20%.

Arujá teve receita acumulada de janeiro a agosto no valor de R$ 151,923 milhões e despesas totais de R$ 168, 736 milhões. Os gastos com pessoal representam hoje 45,91% da receita corrente líquida. Saúde e Educação foram as áreas que mais receberam recursos – R$ 44,6 milhões e R$ 49,4 milhões, respectivamente, no mesmo período.

Os vereadores Wilson Ferreira da Silva (PSB), o Dr. Wilson, Rogério Gonçalves Pereira (PT), o Rogério da Padaria e Gabriel dos Santos (PSD), líder do Governo, participaram da audiência.