27 de janeiro de 2020
Membros da Comissão Eleitoral divergem sobre atuação do grupo durante eleição do Conselho Tutelar
Membros da Comissão Eleitoral divergem sobre atuação do grupo durante eleição do Conselho Tutelar
O professor de Educação Física Airton José dos Santos e a policial militar Kátia Regina Moura, integrantes da Comissão Eleitoral responsável pela condução das eleições para composição do Conselho Tutelar (gestão 2020-2023), divergiram ao depor à Comissão Especial de Inquérito (CEI) sobre as ações efetivamente executadas pela Comissão Eleitoral durante o pleito. Os dois prestaram depoimentos à CEI na última quinta-feira (23/1).
Primeiro a depor, Airton Santos, funcionário da Secretaria de Esportes e indicado pela Prefeitura para compor o CMDCA, disse desconhecer os membros da bancada de correção das provas e como teriam sido nomeados. Segundo ele, a Comissão Eleitoral não teria corrigido as avaliações.
Já a cabo Moura admitiu que tanto ela quanto Airton tiveram acesso às provas, após serem aplicadas aos candidatos, e ao ser indagada sobre quem havia corrigido as avaliações, respondeu: “Como estava sendo feito tudo por esta Comissão (Eleitoral) acabamos fazendo praticamente tudo”, afirmou. Diante da afirmação, o presidente da CEI, Sebastião Vieira de Lira (DC), o Paraíba Car, perguntou: “A senhora corrigiu as provas também”? Moura disse: “Eu tive acesso. Na verdade, fiz a verificação”.
Ela confirmou que, além dela e Airton, a presidente do CDMCA, Maria da Conceição Melo Veras Galbetti, e uma outra pessoa, chamada Dra. Elaine, também tiveram acesso às avaliações.
A Comissão Eleitoral, conforme confirmado pelos depoentes, era formada pela advogada Maria da Conceição, pela cabo Moura e pelo professor Airton. Solange Camacho que chegou a integrar o grupo pediu afastamento.
Convocação
Outra divergência entre os depoimentos foi em relação à forma de convocação para compor a Comissão Eleitoral. Airton disse que não se lembrava como havia sido convocado. “Não me recordo. Às vezes é por e-mail, por WhatsApp, por ofício. Só sei que fui convocado. Deve ter algum documento, mas não me lembro”.
Ao responder à mesma pergunta, Cabo Moura afirmou: “A convocação foi feita nas reuniões do CMDCA e a escolha conforme a disponibilidade das pessoas”, explicou. Ela desconhece se a informação constou em ata.
Desconhecimento
Tanto Airton quanto a cabo Moura afirmaram não saber quem, efetivamente, exercia a função de Presidente. “Não sei quem era o presidente, e nem o relator”, disse o professor. À mesma questão, Moura respondeu: “Não me lembro. Como a gente atuava em conjunto, não existia um menor ou maior. Tudo o que foi feito, foi feito por todos os membros”.
Diante dos questionamentos de Paraíba Car sobre se a Comissão Eleitoral havia analisado pedidos de impugnação de candidaturas, inclusive os protocolados pelo próprio parlamentar, os depoentes disseram não se lembrar de terem analisado quaisquer documentos com este teor.
A CEI foi instaurada pela Câmara de Arujá para apurar supostas irregularidades na eleição do Conselho Tutelar realizada em 2019 sob a coordenação do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA). Além de Paraíba Car, integram a comissão os vereadores Edimar do Rosário (Republicanos), o Pastor Edimar de Jesus (relator); Marcelo José de Oliveira (Republicanos), Dr. Marcelo Oliveira (Vice-Presidente) e Edvaldo de Oliveira Paula (PSC), o Castelo Alemão, e Rafael Santos Laranjeira (PSB), como membros.
Os vereadores pastor Edimar e Castelo Alemão acompanharam as oitivas, além do vereador Renato Bispo Caroba (PT).
Veja a íntegra dos depoimentos no canal oficial da Câmara de Arujá no YouTube.
Assessoria de Comunicação
imprensa@camaraaruja.sp.gov.br
(11) 4652-7015
Texto: Silmara Helena
Fotos: Imprensa/CMA
Publicado em:
Publicado por: