Após a ocorrência de um tiroteio no centro de Arujá, devido a uma tentativa de assalto, e de diversos outros registros de crimes no município, os problemas de segurança pública pautaram o debate entre os vereadores na primeira sessão legislativa do segundo semestre realizada na segunda-feira (4/8).

Houve quem defendesse o uso de arma pela Guarda Municipal Municipal, como o vereador José Sidnei Schaide (PR), o Cocera Cabelo e a intensificação das rondas, principalmente, nos bairros Nova Arujá e Jardim Jordanópolis, a instalação de câmeras na cidade, como o caso do vereador Gabriel dos Santos (PSD) e fizesse críticas à omissão do governo estadual a exemplo do petista Renato Bispo Caroba.

“O município já está assumindo, por imposição do governo do Estado, uma série de responsabilidades na saúde, na educação. Agora terá de assumir a segurança pública e por isso acredito que esteja na hora de darmos o pontapé inicial no debate que permitirá à Guarda Municipal utilizar armas como já ocorre em Guarulhos e Itaquá”, afirmou Cocera. “Estamos vendo os crimes na TV, mas eles também estão acontecendo em nossa cidade”, reforçou ao citar os assaltos junto a passarela do Nova Arujá e o tiroteio ocorrido na área central.

O parlamentar Gabriel dos Santos garantiu que já tem o compromisso do prefeito Abel Larini (PR) de instalar câmeras no Jordanópolis e no Nova Arujá em agosto.

“É preciso que tenhamos as câmeras e a central de monitoramento para que os moradores, vítimas de crimes, possam inclusive obter cópias das imagens”, disse.

Para o vereador Wilson Ferreira da Silva, o Dr. Wilson, uma das causas do aumento da sensação de insegurança é o baixo contingente de policiais.

“No Nova Arujá não passa viatura. É assalto, é uso de drogas”, registrou o vereador Gilberto Daniel (PRB), o Gil do Gás ao destacar os tipos de crimes mais comuns. “Nossa Guarda foi criada na década de 90 e não tem equipamentos para combater os criminosos. Sem contar, os problemas de falta de iluminação que temos em várias vias da cidade”, destacou o vereador Edvaldo de Oliveira Paula (PTB),o Castelo Alemão.

Para Renato Caroba, a responsabilidade de assegurar a segurança da população não é do município. “O orçamento das cidades não é suficiente para dar conta desta demanda. Os municípios estão assumindo uma obrigação que é do governo do Estado. O problema é que não temos presença efetiva do governo estadual em nossa cidade e esta situação não se estende apenas à segurança”,finalizou.