Pelo menos 107 pessoas participaram da 1ª Campanha de Doação de Sangue organizada pela Câmara de Arujá em parceria com o Hemocentro São Lucas. A ação gerou até filas em frente à sede do Poder Legislativo na última quinta-feira (5/6).

Segundo a biomédica Ana Paula de Oliveira, responsável pela supervisão da campanha e coordenadora do procedimento de coleta externa do Hemocentro, apesar do considerável sucesso das campanhas a quantidade de sangue disponível nos bancos de sangue ainda é insuficiente para suprir as necessidades.

“Geralmente trabalhamos no limite do nosso estoque e por isso sempre estamos precisando de doações e fazendo contínuas campanhas”, explicou ao salientar que “a situação piora com a queda nas temperaturas, pois há uma redução do número de doadores”.

Ela também explicou que, por serem mais raros entre a população, os tipos sanguíneos O e A negativos estão em constante baixa nos bancos de sangue, dificultando o tratamento dos pacientes com essas tipagens.

Normalmente, precisam receber transfusão de sangue pessoas com níveis baixos de hemoglobina, perda excessiva de sangue em procedimentos cirúrgicos, com diagnóstico de câncer ou vítimas de acidentes.  “A doação é extremamente importante para a reabilitação desses pacientes; ela traz vida”, reiterou Ana.

Em média, conforme explicou a biomédica, são realizadas cerca de 10 mil transfusões nas sedes do Hemocentro São Lucas, localizadas nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro.

Processamento do Sangue

Antes de ser destinado a quem precisa, o sangue precisa passar por um controle de qualidade. Tudo o que é recolhido é levado à análise e testado. Se aprovado, é processado e seus componentes separados (plasmas, plaquetas e hemácias) e enviados aos hospitais. Os doadores são informados seja qual for o resultado., O sangue que apresenta algum problema é descartado.

Apesar de ser uma associação de iniciativa privada, o Hemocentro São Lucas frequentemente trabalha em conjunto com hospitais públicos. “Existe uma comunicação entre os bancos de sangue. Quando nós precisamos podemos contatá-los e vice-versa, temos essa troca. Quando aparece um fenótipo raro nos unimos nessa tarefa para atender o paciente”, afirmou.