Tipo: Vereador

Data: 14/09/2017

Processo: 16063/2017

Situação: Arquivado

Regime: Ordinário

Quórum: Não Específicado

Autoria: Ana Cristina Poli

Assunto: Concede o Diploma de Honra ao Mérito à Companhia Toa de Teatro.

Texto: A CÂMARA MUNICIPAL DE ARUJÁ APROVA: Art. 1°. Fica concedido o Diploma de Honra ao Mérito à Companhia Toa de Teatro, em reconhecimento ao grande trabalho realizado com as crianças, jovens e adultos. Art. 2°. A entrega do diploma se dará em sessão solene em data oportuna, a ser fixada pela presidência da Câmara. Art. 3°. As despesas decorrentes da execução do presente Decreto-Legislativo correrão por conta de verbas próprias, consignadas em orçamento, que serão suplementadas se necessárias. Art. 4º. Este Decreto-Legislativo entra em vigor na data de sua publicação. A Companhia Toa de Teatro começou através de um grupo de pessoas liderado pela Professora Deusni, preocupada com muitas crianças e jovens em busca de suas identidades, sem opções de lazer, na ociosidade e sem interesse nos estudos, buscamos no Teatro Educação a resposta para nossa preocupação. Ao trabalhar o teatro, o canto e a dança nas aulas de Artes, notamos que o fascínio pela arte teatral era geral. Com o canal aberto e o desejo de estudar, entramos com trabalho de pesquisas. Procuramos alinhar o currículo do planejamento com as técnicas teatrais e a criação textual. Após uma dramatização curta apresentada internamente com o título: “Liberdade ainda que tardia”, despertou nos alunos o gosto pela criação de enredos teatrais. Selecionamos a primeira peça teatral integrando alunos do EJA e TELECURSO 2000, da Prefeitura Municipal de Arujá SP, nascendo assim o Teatro Experimental TC 2000. A primeira peça externa e com plateia de convidados especiais e a população, recebeu o nome de “Florisbela e o Pescador de Baquirivu”. Com um enredo leve e bem-humorado, tratamos do tema Meio Ambiente, alcoolismo e valores, com foco em duas famílias, a realeza de Rapadura City e a plebeia, do Reino Baquirivu. A peça teatral com duração de 60 minutos estreou em 1997 na Câmara Municipal de Arujá. A prefeitura forneceu convites, som e o espaço. O sucesso foi tanto que lotou o recinto e tivemos que reapresentar três vezes para atender a demanda. Entre o ano de 1997 a 2005 várias outras peças foram apresentadas como pontos culminantes de projetos. Sempre para escolas municipais, estaduais e particulares gratuitamente. Peças da Mitologia Grega alinhada aos teoremas matemáticos, além de evoluir o grupo nos estudos foi bem prestigiada. E a procura para fazer parte do elenco foi tão grande que elaboramos um projeto para a Oficina Cultural da prefeitura de Arujá em 2006, com o nome Projeto teatral “Tecendo O Amanhã” (a origem TOA do grupo). Com dois monitores Keila Carvalho (teatro) e José Dantas Pereira Filho (voluntário de teatro e dança). Separamos dois grupos: horário da manhã crianças e à tarde adolescentes, tínhamos cerca de 50 alunos. Estreamos no Cine Teatro de Arujá contratado pela prefeitura, no final de 2006 com as peças teatrais: “A Consequência” drama (um alerta sobre o vírus HIV e sua prevenção) e “A bela aborrecida e o Cabra da Peste” comédia, 60 minutos ambas. Assumimos o projeto da Biblioteca Municipal de Arujá, Semana Monteiro Lobato em 2007 chegando a apresentar dez vezes ao dia para crianças da rede municipal e particular. Enquanto era apresentada a peça dentro da biblioteca, outro grupo de atores contavam histórias caracterizados de personagens dos contos de fadas, no jardim da biblioteca. Apresentamos em vários espaços e cidade e ONGs. Quanto aos figurinos e cenários, sempre reservei uma parte do meu salário como professora, para confeccioná-los ou comprá-los. Apresentamos mais de 60 peças com sucesso de público, em Arujá e Universidades fora do município. Fui selecionada para o curso Ações e métodos do Núcleo SESI-Bristish Council um projeto da Inglaterra, que era coordenado pela dramaturga e jornalista Marici Salomão. Participei com vários dramaturgos, onde pude ampliar meus conhecimentos para escrever, estruturar e orientar melhor nossa equipe nas criações de enredos. Montamos “Eternos poetas costurando vidas e versos”; “Socorro o Planeta Terra está em perigo! ” Enredos nossos; “Torturas de um coração ou boca fechada não entra mosquito” de Ariano Suassuna, “As dez mais do córtex cerebral”, de Cyrano Rosalém, entre tantas outras, musicais e peças infantis. Assistíamos com frequência às peças teatrais do SESI e às Óperas do Teatro São Pedro em São Paulo, com nosso grupo teatral. Em 2009 encerrou o Projeto Tecendo o Amanhã na Oficina Cultural, no entanto, abraçamos o projeto Sítio do Pica-pau Amarelo na biblioteca Municipal. Atualmente vários integrantes do grupo já concluíram Licenciatura em Artes Cênicas, curso profissional pela Macunaíma, Wolfe Maya e outros cursos de teatro conceituado. Muitos se formaram em vários cursos de Engenharia, Direito, Odontologia, Pedagogia, Designer, etc. Os adolescentes e crianças que passaram por nossas oficinas, seguem trilhando o caminho do bem e da arte. Vários lecionam teatro dentro e fora do município de Arujá. Usamos o Método de Improvisação da teatróloga e educadora norte americana Viola Spolin e do teatrólogo brasileiro Augusto Boal. Fizeram parte das últimas peças da Cia Toa, Helder Martinêz, designer, ator e roteirista; Stéfani Mota, atriz; Daniel Dalla Pria Peralta, ator e sonoplasta; Dantas Filho, ator; Keila Carvalho, atriz e diretora de elenco, sob a direção de Deusni Ana de Carvalho: diretora geral da Cia Toa e professora de teatro na rede municipal de Arujá SP.

Justificativa: Exposição de motivos: Senhor Presidente, Senhores Vereadores: A Cia. TOA de Teatro – Tecendo o Amanhã, nasceu em 1997, sendo que deste período até os dias de hoje, já realizou diversas peças teatrais e sem fins lucrativos, ou seja, gratuitamente às Escolas municipais, estaduais e particulares. Começou apenas por estar preocupado com as crianças e jovens que não tinham opções de lazer e estavam na busca de identidade, e assim a CIA deu continuidade a esse lindo trabalho, que inspirou muitas crianças e jovens, e despertou o lado da Arte e alegria de todo o público. A primeira peça externa e com plateia de convidados especiais e a população, recebeu o nome de “Florisbela e o Pescador de Baquirivu”. Com um enredo leve e bem-humorado, tratam do tema Meio Ambiente, alcoolismo e valores, com foco em duas famílias, a realeza de Rapadura City e a plebeia, do Reino Baquirivu. A peça teatral com duração de 60 minutos estreou em 1997 na Câmara Municipal de Arujá. A Prefeitura forneceu convites, som e o espaço. O sucesso foi tanto que lotou o recinto e tiveram que reapresentar três vezes para atender a demanda. Ressalte- se que através da Deusni Ana de Carvalho, Diretora Geral da Cia foi realizado uma apresentação com alunos de escolas de nosso município, sobre reciclagem de Poliestireno Expandido (EPS), onde a empresa Meiwa embalagens Indústria e Comércio, utiliza como vídeo institucional que está disponível no site da empresa e em palestras realizada pela mesma. Representar faz parte da essência das pessoas. As crianças passam a infância toda representando em seus jogos de faz de conta. Em algum momento da vida, todo mundo deveria fazer teatro, até os mais tímidos, pois melhora o desenvolvimento, sua autoestima, aprendendo a comandar o espetáculo nos bastidores, quando uma pessoa exercita a sua atuação, ela pode começar a se sobressair, consequentemente se torna mais segura de si, conseguindo expor suas ideias para transformá-las em comunicação artística. As artes cênicas são uma excelente atividade, para que uma pessoa melhore a autoestima, além de promover o autoconhecimento e desenvolver a autoconfiança, possibilitando, maior capacidade de se relacionar com as pessoas, maior consciência corporal, raciocínio e criatividade. PROJETO DE DECRETO-LEGISLATIVO Nº________ DE 29 DE AGOSTO DE 2017. AUTORIA: VEREADORA ANA CRISTINA POLI. Encenar uma peça também exige comprometimento e dedicação. Afinal, são vários dias e horas de ensaio. O universo teatral ainda expande o repertório cultural e ajuda a desenvolver memória e disciplina. A consciência e a vivência de que teatro é grupo, faz com que as pessoas entendam que todas as relações na vida são assim: um não vive sem o outro. Com base nisso, fazer teatro é benéfico para todos, pois além das questões psicológicas, ele ainda propicia uma melhora da postura, da conscientização corporal, da voz e da dicção. Através do teatro muitos jovens deste munícipio, foram motivados a trilhar o caminho do bem. Motivadores do conteúdo teatral de Arujá e região, são merecedores deste Diploma de Honra ao mérito.