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04 março 2020

“Lei Maria da Penha funciona sim”, diz advogada em abertura da Semana da Mulher na Câmara de Arujá

“Lei Maria da Penha funciona sim”, diz advogada em abertura da Semana da Mulher na Câmara de Arujá


A eficácia da Lei Maria da Penha (Lei Federal nº 11.340/2006) no combate à violência contra a mulher foi um dos pontos abordados pela advogada Maria Margarida Mesquita na palestra de abertura da 1ª Semana de Conscientização sobre os Direitos das Mulheres, na terça-feira (3/3), organizada pela Câmara Municipal de Arujá.

“A Lei Maria da Penha funciona, sim! É uma das três leis mais perfeitas do mundo. O problema é que o agressor não cumpre a Lei e a mulher é romântica”, afirmou Margarida Mesquita que, desde a década de 80, atua na defesa dos direitos das mulheres.

Ela falou na abertura da Semana da Mulher a cerca de 30 jovens do Colégio Athenas, além de lideranças comunitárias e funcionários da Casa de Leis que participaram da atividade realizada no Plenário Vereador João Godoy.

Atuante na cidade de Suzano, a advogada também garantiu que as medidas protetivas, previstas na Lei, são aplicadas e que, “diferente de algumas décadas atrás, o agressor é punido – e não apenas com doação de cestas básicas”. “A violência doméstica sempre existiu, mas hoje, principalmente com a instituição da Lei Maria da Penha, as mulheres estão mais empoderadas”, salientou.

Maria Margarida detalhou ao público os tipos de violência tipificados na Legislação, entre os quais, o moral e o patrimonial, disse que nenhuma mulher pode ser julgada – “pois a violência doméstica é um problema complexo” e falou sobre sua própria experiência. “Eu sofri violência doméstica e, por muitas vezes, abri as portas para o meu agressor em nome da minha filha. Até que um dia ela me disse que não era cega e nem surda e eu precisava me separar de meu marido. Foi o que fiz”, relembrou.

Resistência

O presidente da Casa Legislativa, Gabriel dos Santos (PSD), falou na abertura da Semana e incentivou às mulheres resistência. Ele reforçou a importância da Câmara Municipal como espaço de debate e discussão de temas que afligem a sociedade e salientou a problemática da violência contra a mulher. “Não podemos mais admitir ou aceitar a violência contra as mulheres. Só teremos o que comemorar no dia 8 de março quando tivermos uma sociedade igualitária, em que meninas possam viver sem medo”, pontuou.

O prefeito José Luiz Monteiro (MDB) fez questão de prestigiar o evento e reforçar a ideia de resistência. “Esta é a palavra: resistência. Nestes tempos bicudos, em que tudo está sendo questionado, é preciso que a mulher tenha força e resistência”, destacou. Ele também disse lamentar que ainda hoje “tenhamos de comemorar a existência de uma Lei que proíbe um homem de agredir uma mulher”.

Ações legislativas

O Legislativo de Arujá vem atuando em diversas frentes no sentido de reforçar a necessidade de o Município discutir a questão das mulheres e atuar na efetivação de políticas públicas de combate à violência.

Rafael Santos Laranjeira (PSB) ressaltou a criação da Patrulha Maria da Penha em Arujá, iniciativa proposta pelo seu mandato ao Poder Executivo. O serviço, que atua no acompanhamento e atendimento a mulheres ameaçadas, ainda conta com o botão do pânico e, recentemente, prendeu um agressor que se preparava para invadir a casa da ex-companheira. Ele estava armado. “Nós, homens, também precisamos militar nesta área e dialogar sobre esse assunto”, incentivou o parlamentar.

Autor do projeto que instituiu em Arujá os 16 dias de ativismo pelo fim da violência, Edimar do Rosário (PRB), o Pastor Edimar de Jesus, deixou clara a sua satisfação em participar da Semana, lembrou do trabalho de duas assessoras em seu Gabinete e falou sobre a necessidade de a mulher ter “determinação” para enfrentar a violência.

Ex-Presidente do Legislativo, Reynaldo Gregório Junior (PTB), o Reynaldinho, relembrou a exposição feita em homenagem às mulheres no ano de 2019. “O dia 8 de março marca a vitória da mulher e estamos trabalhando aqui para que elas tenham cada vez mais espaço”.

Vereadoras

Únicas representantes das mulheres na Câmara de Arujá, as vereadoras Ana Cristina Poli (PL) e Cristiane Araújo Pedro (PSD), a Profª Cris do Barreto, fizeram questão de falar sobre a discrepância entre a população feminina no Brasil – as mulheres formam 52% dos habitantes – e a presença delas no Parlamento – que não alcança, em média, 10%.

“Somos a maioria, mas tratadas como minoria. Queremos ter os mesmos direitos”, disse a Profª Cris do Barreto.

“Nascemos para ser felizes e não para sermos agredidas”, disse Ana Poli ao assumir o compromisso de retomar os trabalhos para instalação de uma Casa Abrigo em Arujá.

Maria Margarida ainda respondeu perguntas do público.

Programação

Para finalizar a Semana estão previstas mais duas palestras nesta quinta-feira (5/3): a primeira, às 9h, sobre A importância da perícia na identificação da violência sexual, que será ministrada pela médica Mariana da Silva Pereira, especialista em Bioética e Sexualidade Humana; e às 15h uma segunda sobre Assédio Sexual e Moral: a violência no ambiente de trabalho com a advogada Amanda Egert Campos. A entrada é gratuita.   

Assessoria de Comunicação

imprensa@camaraaruja.sp.gov.br

silmara@camaraaruja.sp.gov.br

(11) 4652-7015

Texto: Silmara Helena

Fotos: Imprensa/CMA




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